Abismo de Tryortan

Fenômeno hiperdimensional que ocorre como um efeito colateral frequente de hipertempestades muito fortes, com intensidades de mais de 100 meg (abreviatura de meganon). O fenômeno é uma espécie de “abertura para o nada”.

Dados Gerais

Um abismo de Tryortan geralmente tem a forma de um funil e se apresenta como um fenômeno luminoso e vermelho-profundo, que é atravessado por rupturas negras. Seu diâmetro geralmente é de várias dezenas de milhares de quilômetros (em casos mais extremos), e o comprimento do prolongamento de estreitamento atinge várias centenas de milhares de quilômetros (em casos mais extremos). Como a ramificação se funde com a hipertempestade "normal", as espaçonaves em um raio de muitos milhões de quilômetros estão em risco. O abismo de Tryortan pode migrar ou rematerializar em outro lugar. As hipertempestades e os abismos de Tryortan ocorrem particularmente em áreas de alta densidade estelar. Na Via Láctea, esse é especialmente o centro da Galáxia, mas também áreas como o aglomerado estelar globular Ômega Centauri. Não está claro se a matéria capturada pelos abismos de Tryortan é desmaterializada e transitada com um destino desconhecido, ou se “some” no continuum de ordem superior, semelhante à matéria submetida a uma ruptura paratron. No entanto, a matéria absorvida pelos abismos de Tryortan muitas vezes reaparece em outros lugares do Cosmo, às vezes muito distantes e às vezes expostas, de modo que haveria mais uma transmissão. A matéria absorvida muitas vezes chega deformada e destruída, mas, em alguns casos, também intacta. Amplificados nos tempos antigos, os abismos de Tryortan surgiram no início e no final dos chamados Períodos Arcaicos; dessa época, também vem a exclamação: “Por todos os demônios do abismo de Tryortan!” Supõe-se que esse período representou uma espécie de “execução de teste” para o aumento da hiperimpedância que ocorreu no ano 1331 NCG. Desde a época da hiperimpedância aumentada, são localizados abismos de Tryortan fortalecidos. Nas proximidades da nebulosa escura de Yokitur, a nave SOL apenas com dificuldade pôde evitar abismos errantes devido ao caos hiperfísico quando, no ano 1343 NCG, essa foi atingida por um ciclone entrópico. A Frota Terminal Traitor utilizava abismos de Tryortan como meio de transporte. Essa é a única maneira de chegar às estações de ciclones que fornecem acesso aos ciclones entrópicos. Para isso, utilizam-se tênderes tubulares, que possuem um sistema de propulsão especial. Por volta do ano 10 milhões AC, os anthurianos utilizaram os abismos de Tryortan com sua tecnologia de botões setoriais para viajar ao longo dos fios da Rede Psiônica. Então, eles também lançaram as bases para a Rede Polyport. Os abismos de Tryortan são conhecidos também como precipícios de Viibad na galáxia Chanda. Devido às condições específicas na ponte de matéria de Chanda, esses precipícios de Viibad são muito estáveis e têm uma vida útil de vários milhares de anos, o que os torna relativamente previsíveis para viagens espaciais.

Transmissões de Tryortan especiais

1) No ano 2409, uma frota de colonos terranos foi transferida para a galáxia Ambriador a partir de um dos então raros abismos de Tryortan. Desses terranos desenvolveram-se os alteranos nos séculos seguintes. Mais tarde, descobriu-se que Ambriador ou o objeto encalhado ali Tragtdoron atua como um “ímã” na matéria que é absorvido por abismos de Tryortan na área do Grupo Local de Galáxias e outras galáxias. Esse material chega a Ambriador parcialmente deformado e destruído, mas também parcialmente intacto. Dessa forma, inúmeras criaturas do Grupo Local são transferidas para Ambriador e estabelecem novos reinos estelares ali. 2) Em meados do ano 1331 NCG, uma série de abismos de Tryortan se uniram na área do aglomerado estelar Orellana na periferia da galáxia Sporteph-Algir para formar um superabismo de Tryortan, que envolveu e transmitiu toda a ilha estelar de Orellana de 58 anos-luz de diâmetro. O transmissor solar lemurense Gulver-Duo no espaço vazio entre a Via Láctea e Andrômeda com sua hiper-radiação atuou na massa transmitida como um ponto de ancoragem, de modo que o aglomerado estelar de Orellana na área do Gulver-Duo voltou ao espaço normal.