Cidade (Techma)

Local citadino. Complexo robotizado do planeta Techma. As ruas eram largas, limpas e sem defeito. As torres e catedrais prateadas brilhantes erguiam-se a 50 m de altura, e entre elas estendiam-se viadutos arrojados com pistas de rolamento sobre as quais não corria nenhum tráfego. Antenas de formas estranhas subiam ao céu, estendiam-se em todas as direções, dando a impressão de que procuravam alguma coisa. Pareciam órgãos dos sentidos aguçados que ajudavam a cidade a ver e ouvir. Talvez até a sentir... Não havia casas propriamente ditas, nas quais seres humanos pudessem viver confortavelmente. Só se viam edifícios em forma de abóbada, cujas formas arquitetônicas cheias e belas deleitavam os olhos e os sentidos — se houvesse olhos e sentidos. A Cidade estava deserta. Mas vivia, dormindo e acordada ao mesmo tempo. Ela adaptava-se aos forasteiros. Um campo em forma de abóbada formado por energia permitia que se modificasse à vontade a pressão e a composição da atmosfera. Foi construída pelos ganjásicos, há 200.000 anos, sob ordens do Ganjo Ovaron, como posto avançado contra os takeranos, e para proteger os seres inteligentes da Via Láctea. Principalmente os terranos. Em março do ano 3117, Balton Wyt foi socorrido e mantido vivo por 321 anos. Nesse período, ele foi manipulado e se tornou um telecineta. Em janeiro do ano 3438, os cappins do povo dos takeranos chegaram ao planeta e instalaram um pedorreceptor próximo da Cidade. A base robótica dos velhos ganjásicos reagiu, seguindo uma programação antiga, destruindo a si mesma, ao planeta Techma e o pedoterminal com os takeranos, para afastar um perigo iminente para a Via Láctea.


 

Créditos: 

Fontes


  • PR467, PR468.
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