Dhoom

Quarto planeta do sistema estelar Wyotta, situado na Via Láctea, conhecido como o planeta das forças estranhas. Ali viviam os wolklovs. Comparado a outros mundos de oxigênio, era quase um gigante. Seu diâmetro equatorial era de mais de 17.000 quilômetros. No entanto, a sua matéria tinha uma densidade relativamente baixa, consequentemente, a gravidade da superfície era de somente 0,93 g. O planeta possuía um achatamento polar perceptível até mesmo a olho nu. Isso se prendia ao fato de que o planeta girava muito rapidamente em torno do próprio eixo: uma vez a cada dezesseis horas e trinta e seis minutos. O eixo de Dhoom encontrava-se em posição quase vertical em relação ao plano de sua órbita. Essa circunstância fazia com que houvesse poucas diferenças entre as estações do ano. Em um aspecto, Dhoom era único. A potência da radiação que ele recebia do sol Wyotta deveria ser suficiente para derreter a areia que cobria quase a totalidade da superfície do planeta. Pela conformação, em princípio quente demais para que pudesse ter produzido vida. O fato de poder existir vida nesse mundo se devia a um misterioso manto de poeira que circundava o planeta. Esse manto de poeira refletia uma parte da luz solar, enquanto absorvia outra parte e a convertia em energia interna. Isso era certo. Por outro lado, no entanto, a sua densidade não era suficiente para explicar somente através do reflexo as condições relativamente brandas da superfície do planeta. Ele era responsável pelas temperaturas relativamente favoráveis à vida que predominavam ali. Ainda que para um terrano fosse insuportavelmente quente em quase todos os lugares, havia vida orgânica capaz de existir sob essas condições: alguns tipos de plantas, animais do deserto e, acima de tudo, os wolklovs. Mas o modo como o manto exercia o seu efeito não era conhecido pelos terranos. A quem se aproximasse de Dhoom vindo de fora, o manto de poeira cintilava como uma aura ao redor do planeta sob a luz do sol. Mas mesmo da superfície do mundo desértico, tanto de noite quanto durante o dia, era impossível ignorar a presença do manto de poeira. Mas o manto não era só uma visão romântica. Ele possuía uma peculiaridade ainda mais difícil de explicar que o efeito que exercia sobre a luz incidente do sol: ele girava em sentido contrário à rotação do planeta. Isso levava a conjeturas de que o manto não podia ter se formado de modo natural. O segredo só os wolklovs conheciam. Fora Uurraaj que criou o manto de poeira para permitir que seus súditos pudessem levar uma existência suportável na superfície. Ao mesmo tempo, foi atribuído ao manto uma outra função. Há incontáveis gerações, os wolklovs estão ali trabalhando na construção de uma escultura gigantesca, que se parece com uma aranha terrestre. A escultura abrange, na verdade, a metade do planeta. Um comando explorador terrano esteve baseado ali por certo tempo, isso por volta do ano 2680 ou 2780. O seu nome vem dessa época. Em maio do ano 3584, os lares tinham transferido sua base situada no planeta Houxel para Dhoom.


 

Créditos: 

Fontes


  • PR828, PR834, PR836, PR837.
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