Modelo de cascas de cebola

Termo cosmológico. Também conhecido como modelo de cascas das civilizações cósmicas, é a representação de fácil compreensão do desenvolvimento técnico e mental da vida no Universo em um contexto cósmico. À semelhança das cascas de uma cebola, os estágios do desenvolvimento seguem do menor para o maior.

Estágios de desenvolvimento

Estágios gerais

• 1) Matéria inanimada na forma de planetas, sóis e galáxias: A vida orgânica ainda não existe.
• 2) Formas de vida primitivas: Isso significa vida vegetal e animal sem uma comunidade social e sem inteligência ou consciência.
• 3) Vida inteligente que ainda não deixou seu planeta. Isso pode variar de uma sociedade de caçadores-coletores a uma sociedade altamente industrializada.
• 4) Vida inteligente que regularmente se envolve em viagens espaciais interplanetárias.
• 5) Vida inteligente que regularmente se envolve em viagens espaciais interestelares.
• 6) Vida inteligente que regularmente se envolve em viagens espaciais intergalácticas.
• 7) Vida inteligente que se transformou em uma entidade espiritualizada, as superinteligências positivas/negativas.
• 8) O desenvolvimento de uma superinteligência, incluindo a concentração de poder em uma fonte de matéria/sorvedouro de matéria.
• 9) Desenvolvimento em um cosmocrata/caotarca, ou em forças de um nível comparável (por exemplo, Si kitu).
• 10) Desenvolvimento em uma entidade superior aos cosmocratas, por exemplo, Thez é conhecido por afirmar isso sobre si mesmo.

Nota: Se Thez realmente representa um nível superior de desenvolvimento ou está mentindo não fica claro nas edições. No entanto, o Pensor, o piloto de uma espaçonave dos atopes, especula que cosmocratas ou caotarcas poderiam se transformar em outra forma de existência no caso do fim de seus respectivos universos de origem. Como Thez emergiu de uma fonte de matéria e continua a existir após a desintegração do espaço-tempo, é concebível que ele represente tal estágio de desenvolvimento. Talvez o “desvanecimento” de Thez esteja relacionado a isso; assim como seus magistrados “quebrados” continuam a existir como fauthenos.

Estágios intermediários?

Na verdade, também parece haver várias possibilidades de camadas “intermediárias” no caminho para a transformção em uma superinteligência:

• 1) A unificação de algumas consciências em um único corpo, por exemplo, os conceptos.
• 2) A unificação de várias consciências em uma máquina, por exemplo, em uma parapositrônica.
• 3) O desenvolvimento de uma consciência que abranja todo o planeta, por exemplo, Zeut.
• 4) A unificação de dezenas de milhares de consciências como uma “pequena” superinteligência, por exemplo, o Núcleo.

Interpretação do modelo

O modelo de cascas de cebola afirma simplesmente que cada estágio do desenvolvimento da vida é sempre seguido por um salto para um estágio superior. Por um lado, isso significa que se pressupõe um desenvolvimento contínuo de um nível inferior para um superior. Por outro, permanece a questão de saber se existe uma casca de cebola mais externa que represente o estágio mais elevado possível do desenvolvimento da vida — tal ponto final (ainda) não é conhecido. De acordo com o Pensor, cosmocratas e caotarcas ainda vivem muito longe do horizonte da Lei. Thez se aproximou um pouco do horizonte da Lei (ver nota acima). O horizonte da Lei, portanto, é algo em direção ao qual toda a vida no Universo está se desenvolvendo. Esses detalhes nos permitem supor que o horizonte da Lei representa o “invólucro externo da cebola”.

Caminhos de desenvolvimento alternativos

A versão conhecida do modelo de cascas de cebola sugere um desenvolvimento determinístico de uma superinteligência positiva, passando pelo estágio intermediário de uma fonte de matéria, até um cosmocrata, e de uma superinteligência negativa, passando pelo estágio intermediário de um sorvedouro de matéria, até um caotarca. No entanto, o caminho de desenvolvimento peculiar da cosmocrata Vishna indica que isso é uma simplificação. A partir de uma superinteligência negativa, desenvolveu-se inicialmente algo intermediário entre uma fonte de matéria e um sorvedouro de matéria, tornando-se, por fim, a cosmocrata Vishna. O surgimento das superinteligências Imperatriz de Therm, Bardioc e Seth-Apophis também parece bastante incomum. O Tio Sombrio, Seth-Apophis e Aquilo tentaram, com sucesso parcial, impedir o passo evolutivo para um sorvedouro ou fonte de matéria. Além de caotarcas e cosmocratas, como Si kitu demonstra, existem outros Altos Poderes que não têm lugar no conhecido modelo de cascas de cebola. Não está claro até que ponto a Terceira Via está conectada a estágios de desenvolvimento alternativos. Thoregon tentou emancipar-se dos Altos Poderes sob a proteção de um Pulso. A formação de um thoregon a partir de superinteligências de um superaglomerado de aproximadamente 2.000 galáxias parece possível, mas até então foi impedida pelos detonadores de galáxias. No Segundo Ramo do Dioverso, a hiperimpedância aumentada torna impossível a evolução para a sexta ou sétima dimensão. Portanto, nenhuma superinteligência, cosmocrata ou caotarca pode surgir. Como a constante FRESS delas se estende ao espaço hexa e heptadimensional, tal mudança específica de consciência não é possível no Segundo Ramo. Mesmo as superinteligências que vão para o Segundo Ramo entram em colapso e perecem em um período muito curto. Portanto, o desenvolvimento ali ocorreu na amplitude espaço-temporal, e Altos Poderes, como os Príncipes da Poeira e os Vigilantes Silenciosos, surgiram.

Promovendo intervenções

Os cosmocratas promovem o surgimento da vida por meio dos quanta on e o surgimento da inteligência por meio dos quanta noon e enxames. Por meio do Insharam, eles promovem o surgimento de superinteligências. O povo dos neververs foi convocado a se transformar em uma superinteligência. Taurec tentou forçar a transformação de Aquilo em uma fonte de matéria. Por outro lado, os Altos Poderes determinaram “recentemente” que a própria vida está ganhando influência demais. Para contê-la, a hiperimpedância foi aumentada e os enxames foram desativados novamente.

História

Já no ano 2113 DC, Perry Rhodan chegou às seguintes ideias:

Citação (episódio PR139): “Qual teria de ser o tamanho de uma criatura para que essa pudesse ter a impressão de que a Via Láctea era pequena? Inconscientemente, Rhodan teve a sensação de que isso exigiria algo mais do que apenas uma frota de espaçonaves incrivelmente rápidas. Ali, a evolução teria que dar um salto.”.

No ano 3581/3582, o mestre-calculista keloskiano Dobrak a bordo da espaçonave SOL apresentou uma primeira versão do modelo de cascas de cebola – citação (episódio PR772: [...] “Estamos compartilhando agora parte desse saber com os terranos” [...] – até o estágio de desenvolvimento de superinteligências. Inicialmente, ele postulou um universo pulsante. Seu modelo permitia a possibilidade de um universo em constante expansão e contração evoluir a cada ciclo, produzindo estruturas cada vez mais complexas e inteligentes. Consequentemente, as inteligências e superinteligências do universo einsteiniano seriam o resultado de várias dessas pulsações, com os processos de aumento da complexidade da vida ainda não concluídos.

Nota: Vide também a teoria de pré-universo.

No ano 3587, Aquilo disse a Perry Rhodan que Seth-Apophis estava lutando contra o colapso de sua concentração de poder. O colapso de uma concentração de poder inevitavelmente leva à formação de um sorvedouro de matéria. Uma superinteligência positiva, por outro lado, transforma-se, juntamente com sua concentração de poder, em uma fonte de matéria. Uma fonte de matéria torna-se um cosmocrata após um desenvolvimento desconhecido. Contrariamente a essa história evolutiva, a cosmocrata Vishna emergiu de algo intermediário entre fonte de matéria e sorvedouro de matéria. [...].