Semiespaço

Fenômeno hiperdimensional. A camada de limite entre dois continua de dimensão superior. Também chamado de espaço linear.

Dados Gerais


É um setor irreal do espaço, somente explicável pela matemática, situado entre a quarta e a quinta dimensão (hiperespaço), onde ambas as influências energéticas perdem toda a eficácia. Por isto, um corpo que por ali passe se torna uma parte integrante deste semiespaço, onde, naturalmente, as leis naturais conhecidas perdem sua validade. Somente pode ser utilizado com a ajuda de máquinas especiais, os chamados conversores de campo de compensação, como meio para voos hiperluz. Por ali não havia nenhuma matéria que pudesse frear a velocidade de uma espaçonave ou até desintegrar a mesma. Por isso ninguém podia ter certeza sobre as relações temporais que prevaleciam nessa zona. As determinações de tempo baseavam-se nos valores tomados de empréstimo ao universo normal. No espaço linear não se podia falar nem mesmo na travessia do espaço, pelo menos no sentido literal da expressão. Ali, onde não havia absolutamente nada, os padrões de espaço e tempo deixavam de existir. Mas nem por isso os homens se sentiam impedidos de usar este ambiente pouco acolhedor como uma estrada de primeira ordem. No espaço linear não existem velocidades inferiores à da luz. Qualquer objeto que se desloque mais devagar retorna automaticamente ao universo normal. As velocidades alcançadas dentro do semiespaço, com o sistema de propulsão normal, que mal atingem a velocidade da luz, oscilam, conforme a intensidade energética do campo de compensação, entre dez a muitos milhões de vezes mais do que a velocidade da luz. Era o que alguns cientistas de renome pensavam há séculos. Um dos primeiros foi um certo Clarke, que arriscara sua fama de cientista ao afirmar numa conferência que teoricamente era perfeitamente possível um objeto ultrapassar a velocidade da luz. Isso acontecera numa época em que o homem ainda não chegara à Lua, e a astronáutica ainda não passava de uma fantasia para muitas pessoas. Clarke afirmara que Einstein estava sendo mal interpretado. Einstein, cujo nome servia para designar o universo normal de quatro dimensões, formadas pelo espaço e pelo tempo, afirmara que era impossível viajar na velocidade da luz. Clarke fizera questão de ressaltar que Einstein nunca afirmara que era impossível ultrapassar essa velocidade. Também era impossível voar exatamente à velocidade do som. Era uma muralha que tinha de ser rompida. E atrás dela ficava o silêncio de um voo tranquilo. Clarke explicara que a mesma coisa acontecia com a velocidade da luz e a respectiva barreira. Precisava ser rompida, assim que os recursos técnicos o permitissem. Atrás dela, afirmou, havia um universo novo e diferente, onde as leis conhecidas perdiam a validade. Não havia nenhuma ligação entre os dois universos. Cada um deles formava um mundo diferente e era provável que no universo ultraluz nenhum objeto pudesse deslocar-se à velocidade inferior à da luz. Os fatos vieram confirmar a teoria de Clarke. O espaço linear formava um universo separado. Nem mesmo o hiper-rádio é capaz de estabelecer contato entre ele e o universo einsteiniano. Diante disso não é de admirar que muitas pessoas que ainda se lembram de Clarke designem o espaço linear como o universo de Clarke.


Créditos: 

Fontes


  • PR210, PR246, PR316, PR390, PR402.
  • Glossário: PR3006.
  • Seção Glossário da edição digital da SSPG: volumes especificados no campo Glossários Veiculados.
  • Internet: Informações extraídas em parte do site Perry Rhodan und Atlan Materiequelle (www.pr-materiequelle.de).
Seção do Site: 
Verbete Principal: