SOL (espaçonave)

A Nave Haltere

Espaçonave terrana, tipo couraçado portador combinado da classe Universo. A SOL é uma das maiores e mais modernas espaçonaves já construídas pela Humanidade — e ao mesmo tempo o mais compacto veículo desenvolvido até então para a Frota Solar.

Dados Gerais


Na verdade, ela consiste de três unidades e se assemelha a um gigantesco haltere, com um total de 6.500 m de comprimento. A verdadeira SOL é uma espaçonave cilíndrica, que representa o bastão intermediário do haltere, com 1.500 m de diâmetro e igual altura. Ela abriga Sêneca. Ao redor do ponto médio do cilindro fica o anel propulsor dessa parte da espaçonave. As duas esferas presas às extremidades do cilindro têm cada uma 2.500 m de diâmetro. São naves portadoras combinadas independentes da classe Universo, chamadas de Célula-SOL 1 e Célula-SOL 2. O casco da SOL é basicamente uma liga de aço inquelônio-terconite. A autonomia de voo com os propulsores lineares é de 15 milhões de anos-luz para as células esféricas e de 10 milhões de anos-luz para a parte cilíndrica. A filosofia que está por trás deste projeto considera duas exigências: uma enorme força e capacidade de adaptação. A SOL substitui com as suas armas e sua tripulação uma pequena frota de naves de guerra. Mas ela não precisa utilizar toda a sua potência sempre de uma só vez. Ela pode variar, adaptar a sua capacidade de combate à situação, pode utilizar os seus componentes em locais de crise distantes uns dos outros. Foi uma consideração especial que levou os estrategistas da Frota Solar a dar preferência a esta compacta espaçonave gigante em relação a uma frota de veículos convencionais. O desenvolvimento da SOL, do projeto até a espaçonave completa, demorou mais de cem anos. A SOL não é uma estrutura imponente apenas por fora. Instalados em seu corpo gigantesco, há aparelhagens técnicas e equipamentos que correspondem à tecnologia de ponta mais atual, nunca dantes montados com esse grau de perfeição em uma nave espacial. Com isso, a SOL é realmente uma nave de superlativos. Em seu corpo gigantesco ainda se escondem inúmeras novidades.

Departamentos conhecidos

  • Ciências; Seção ou Central de Famílias.

Instalação de lazer conhecida

  • Pavilhão Stardust.

Instalações de mídia conhecidas

  • Gazeta da SOL, SOL-Visão.

Especificações técnicas


Propulsores

Inicialmente, a SOL tinha quatro tipos de propulsores diferentes. Para a partida, há propulsores de campo, pelos quais um forte dano a partir do local de partida e desembarque é evitado. A propulsão subluz original da SOL é baseada em propulsores de feixes de prótons nug. Para voos intragalácticos originalmente serviam propulsores lineares de um total de 12 conversores lineares Waringer ultracompactos com um raio de ação de 15.000.000 de anos-luz. O alcance total dos propulsores lineares é, assim, de 30.000.000 de anos-luz. Para voos intergalácticos servia um propulsor dimessexta.

Combustível e sua obtenção

Em primeiro lugar, a alimentação de energia da SOL é moderna, baseada no reator nugas-Schwarzschild (RNS). Em cada um de seus componentes, a SOL dispõe de quatro sistemas propulsores. A afirmação de que uma espaçonave gigantesca como a SOL precisa de uma enorme quantidade de combustível, não apenas para deslocamento, mas também para a manutenção das funções vitais a bordo, é óbvia. O fato de que a base do combustível que os propulsores da SOL utilizam seja o hidrogênio, uma substância encontrada com a maior frequência no Cosmo, até mesmo no espaço interestelar, parece ser destinado a reduzir ao mínimo as preocupações do comando da SOL com combustível. Contudo, as aparências enganam. Afinal, o hidrogênio, da forma como ele é encontrado na natureza, não pode ser utilizado pela SOL. E, para transformar o elemento em seu estado utilizável, a gigantesca espaçonave precisa das instalações necessárias. Durante a construção, foi considerado que a SOL seria obrigada a restaurar seus estoques de combustível de tempos em tempos. Mas o alcance da nave era tão imensurável, que ela poderia alcançar a Via Láctea com os tanques cheios sem problemas (isso era considerado garantido, mesmo sem se saber exatamente a distância do Turbilhão Estelar até a Via Láctea). Assim, inicialmente os construtores não viram motivo algum para equipar a espaçonave com instalações de obtenção de combustível, embora a inclusão de uma instalação dessas já estivesse incluída desde o projeto. Afinal, a instalação é uma coisa complicada, e sua construção requer uma enorme quantidade de esforço e tempo. Depois do retorno da Via Láctea, a SOL foi equipada com uma instalação de obtenção de combustível no Planeta Ovaron, retirada de uma nave fragmentária dos pos-bis.

Armamento defensivo

A SOL possui campos paratron e campos SAE.

Armamento ofensivo

Os canhões conversores mais desenvolvidos da SOL alcançam um calibre de 6.000 GT (gigatoneladas). Pela primeira vez, não só as bombas de fusão, como também os novos tipos de bombas mais complexas, como a bomba de radiação moluque (bomba desintegradora) e as bombas ultra-quintadim, podiam ser usadas.

Ligação e separação

As três unidades, ou seja, as duas células esféricas e a seção central, podem realizar voos de longa distância unidas ou separadas e dirigidas independentemente, sendo sempre desacopladas quando pousam num planeta. A “desmontabilidade” da SOL sem dúvida é uma espécie de maravilha tecnológica. Quem quiser descrever como a parte central da SOL se liga às duas células esféricas não pode deixar de comentar que existem robôs na tecnologia terrana que à primeira vista não têm nada a ver com as respeitáveis máquinas de combate ou com os robôs de reparos elegantes. Afinal, as ligações entre as partes individuais da SOL são robôs, ou melhor, sistemas cibernéticos, embora “de uma espécie totalmente diferente”. Em cada uma das suas pontas, o cilindro central da SOL possui um colarinho voltado para dentro, cuja curvatura é exatamente igual à da curvatura das duas células esféricas. A ponta do cilindro forma, para a célula esférica que se prenderá ali, uma espécie de ninho, que foi montado exatamente na curvatura da fuselagem da célula. Através do colarinho na ponta do cilindro – e também, é claro, através da parede perto do “polo sul” da célula da SOL – correm poços, num total de doze (em cada ponta do cilindro), cada um com um diâmetro de dez metros. Enquanto a SOL estiver voando ligada, ou seja, completa, as saídas dos poços das células da SOL se encaixam com uma perfeição de milímetros nas saídas dos poços da parte central cilíndrica. Nos poços, que no total têm um comprimento de seis metros – três metros para dentro das paredes da célula da SOL, assim como três metros para dentro do colarinho do cilindro –, estão artefatos enroscados uns nos outros, parte dos robôs que formam a ligação. Esses artefatos também são de forma cilíndrica, com cerca de sete metros de diâmetro. O artefato ancorado na parede da célula da SOL funciona como porca, e sua contrapartida no colarinho da parte central funciona como parafuso. Eles estão equipados com roscas tradicionais – a porca por dentro, o parafuso por fora – que precisam de vinte e quatro giros para soltar as duas peças. Os poços são lacrados hermeticamente em relação ao exterior. No voo ligado, reina dentro deles uma pressão de alguns milhares de atmosferas. As atmosferas dentro dos poços são de xenônio. As roscas da porca e do parafuso não encostam diretamente umas nas outras, e sim são separadas por uma camada fina de xenônio de alta pressão. Além de porca, parafuso e xenônio, cada poço ainda possui um campo energético que faz com que os artefatos enroscados não mudem de posição dentro do poço. Cada poço possui um elemento de controle próprio, que existe em construção dupla, tanto na parede da célula da SOL quanto no colarinho da parte central. Trata-se de um pequeno computador procedimental.

Naves auxiliares conhecidas


  • Cruzadores leves (100 m de diâmetro) (total: 267): Bicho-da-Seda, CS-1-C5 (Brescia), CS-1-13, CS-1-18-CL3 (Mariachi), CS-1-29 (Koltey), CS-1 PI-23 (Scayman), CS-2-47, CS-2-48, CS-2-49, Havamal, SC-17 (La Paloma), SLC 14 (Klondike).
  • Corvetas (60 m de diâmetro) (total: 964): C-XVI, CS-1-11, CS-1-26 (Cinderela), CS-1-611, Marder II.
  • Space-jets (diversos tipos) (total: 945): Butterfly, Ghost, SJ-S 67, Winnetou.
  • Jatos-relâmpago (total: 2.750).
  • Shifts (blindados voadores) (total: 2.785).
  • Nave especial: Vulcan (nave de reconhecimento siganesa).

Membros da tripulação conhecidos (anos 3540/3587)


Originalmente, a tripulação era formada pelo grupo de não-afílicos do círculo mais próximo de Perry Rhodan, bem como por alguns extraterrestres, a estes se juntaram os colonos de Forte Carrent. Também fez parte o grupo de keloskianos liderados por Dobrak. No decorrer do tempo, surgiram os descendentes denominados de solanenses.

  • Cientistas: Afan Kisorscheiitse, Allpatan Hirishnan, Amara Orloff, Anny Pinguine, Antrass, Asa Degorah, Carlotte Messanter, Cesynthra Wardon, Crain Annach, Chrom Tenderhoogen, Dadno Welms, Don Paros, Duc Sanc, Earl Kenzo, Elton Ramdan, Frederic Village, Garo Mullin, Geoffry Abel Waringer, Gerrit, Gondor Grayloft, Gorg Pinguine, Hen Darksen, Isodyne Somao, Jiffer Springo, Joan Connerford, Joscan Hellmut, Julian Harrox, Juriman Melussem, Kaddy Gonsten, Kato Gemschel, Katus Hershan, Kelim Akumanda, Krent Tschang-Tuin, Melia Zimmer, Mercy Darbaniot, Odysseus Cude Halmarck, Perm Merveur, Peta Alahou, Pia Calau, Prokosch, Sagullia Et, Stoban Haum, Terka Loskotsch, Tim Whalen, Vanbelt, Vilma Seigns.
  • Civis: Belayn Parcer, Bilda Karwanter, Charib Pégaso, Elaine Foxan, Federspiel, Frix Birp, Gulliver, Helma Buhrlo, Hernley, Honsker Keball, Honth Pryth-Fermaiden, Janie, Julieta Vanbelt, Kjidder Emraddin, Lareena Breiskoll, Maligger, Mark Reginald Lincoln, Miriam Connster, Monty Freigohn, Morl Weynard, Nemo Iljew Jenkins, Phrema Miltz, Ronald Hennes, Skyllo Pégaso, Sternfeuer, Tahta Zerthan, Törn Karwanter, Tro lat doune, Ulturpf Emraddin, Üpre firs Sthomalkuch.
  • Comandantes: Atlan, Galbraith Deighton, Mentro Kosum, Perry Rhodan, Senco Ahrat.
  • Comando: Icho Tolot, Ras Tschubai, Reginald Bell, Roi Danton.
  • Comandos de desembarque: Contervolt, Kishin Mandruga, Parsena Parman, Seeks, Trimmon.
  • Mutantes: Alaska Saedelare, Balton Wyt, Bjo Breiskoll, Dalaimoc Rorvic, Fellmer Lloyd, Gucky, Irmina Kotschistowa, Lorde Zwiebus, Merkosh, Olw, Py, Ribald Corello, Takvorian, Tatcher a Hainu.
  • Navegação: Goor Toschilla, Mentro Kosum, Senco Ahrat.
  • Rádio e localização: Henbag, Kerndor, Telmar Shanon, Yato Ting-Suin.
  • Segurança: Galbraith Deighton.
  • Técnicos: A equipe Thunderbolt com seu robô Paladino VI, Amja Luciano, Arcarea Casalloni, Asuah Gemroth, Cance Kondrom, Cass Tomlyn, Celler, Dobrak, Elmer Country, Evvsagh Queulik, Fallenday, Farn Kaybrock, Fen Sanders, Funa, Jac Jaqueau, Kemal Emraddin, Leiz, Leuw Hendren, Maarn Tec Maarn, Max Gloundky, May Ennis, Preux Gahlmann, Ramsodes, Saphir Koslow, Sequest Kosum-Vrenge, Shake Karwanter, Souza, Sunchex Olivier, Taro Higgins, Thefirst Hanisch, Trokan, Vaaron, Vigo Hynes, Ytria Emraddin.
  • Tripulação das naves auxiliares: Kaddy Gonsten, Jiffer Springo, Dado Welms, Cass Bergol, Joop Bertoli, Eckrat Birtat, Dorst Corsin, Helcos, Hemelyk, Bram Horvat, Tontro Jegontmarten, Sitai Kitaro, Lahore, Lobster, Helenya Pajute, Prestlay, Shrivver, Margaux Weynard.

História


Na época da afilia: O início da lenda

No ano 3540, houve o exílio da Terra.

Em Balayndagar e no balão dakkardim

No ano 3578, depois de uma longa odisseia, a SOL finalmente conseguiu determinar a posição da Via Láctea tão ansiosamente procurada. Antes de seguir viagem, no entanto, fez uma parada na minigaláxia Balayndagar, onde acabou aprisionada pelos keloskianos. Pouco depois, teve de fugir quando começou o desastre da galáxia keloskiana, e acabou no balão dakkardim, onde os zgmahkonenses foram encontrados.

Regresso para a Via Láctea e retorno para o Turbilhão na busca pela Terra

No ano 3581, a SOL finalmente conseguiu alcançar a galáxia terrana. No início de abril do ano 3583, finalmente alcançou o sistema central da Imperatriz de Therm. Os keloskianos deixaram a nave de longa distância e levaram o Shetanmargt.

Sob o domínio dos solanenses: A entrega

Em 24 de dezembro do ano 3586, o filho de Helma Buhrlo, designado de bebê espacial, viu a luz do dia na presença de Perry Rhodan. Imediatamente depois disso, Rhodan deixou a SOL e, finalmente, entregou a nave aos nascidos na SOL.


 

Créditos: 
  • Capas da edição brasileira: Copyright © SSPG Editora – Star Sistemas e Projetos Gráficos Ltda., Brasil.

Fontes


  • PR700, PR701, PR706, PR710/PR719, PR725/PR731, PR736/PR747, PR750/PR755, PR760/PR765, PR769/PR775, PR779/PR783, PR786/PR791, PR796/PR798, PR800/PR808, PR816/PR821, PR829/PR833, PR840, PR841, PR852, PR860, PR861, PR867, PR868, PR872, PR875, PR885/PR889, PR894/PR899, PR900, PR907, PR1001/PR1006, PR1013/1019, PR1025/PR1030, PR1036/PR1041, PR1048/PR1052.
  • Computer (edição impressa): PR713, PR714, PR771, PR787, PR804, PR805.
  • Desenho técnico (edição impressa): PR700/PR701.
  • Internet: Informações extraídas em parte do site Perrypedia (www.perrypedia.proc.org). This article uses material from the Perrypedia article “SOL (Raumschiff)”, which is released under the GNU Free Documentation License 1.2. Informações extraídas em parte do site Perry Rhodan und Atlan Materiequelle (www.pr-materiequelle.de). Informações extraídas em parte do site Crest-Datei (www.crest-datei.de). Direitos das traduções: SSPG Editora, 2023.
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